Acidente de Chernobyl completa 25 anos
No dia 26 de abril de 1986, há exatos 25 anos, o mundo voltava seus olhos para uma pequena cidade da Ucrania. Uma falha no resfriamento causou a explosão de um reator da usina de Chernobyl. Um fluxo de vapor, carregado de partículas radiotivas foi lançado a mil metros de altura, se espalhando também por quilômetros no entorno da usina. Resultado: o então governo soviético admitiu 15 mil mortes, mas pelas contas de organizações não governamentais, foram pelo menos 60 mil.
Um batalhão de operários, sem equipamentos adquado, passou dias tentanto isolar o reator. Nenhum trabalhador sobreviveu. Eles enfrentaram a radiação lutando contra um inimigo invisível, como bem descreve o físico da USP e um dos maiores especialistas na área nuclear, José Goldemberg. “Você fica totalmente impotente diante de um acidente. Quando tem um incêndio, os bombeiros podem chegar perto. Porém, quando acontece um desastre como esse você não pode chegar perto”.
Uma cidade tétrica. Abandonada. Silenciosa. Adjetivos não faltam para descrever a Chernobyl, anos depos da tragédia, cidade que até o início dos anos 80 era considerada moderna, importante economicamente, mas que hoje se enquadraria num outro cenário.
Vinte e cinco anos depois Chernobyl esta voltando ano noticiário mundial. Mas não pela data que lembra a tragédia de duas décadas e meia atrás. É que um outro acidente nuclear ainda desperta as atenções do mundo. Depois de um terremoto, seguido de um tsunami último dia 10 de março, uma explosão em um dos reatores da usina Nuclear de Fukukisma no Japão, espalhou urânio na atmosfera. Ainda existem muitas dúvidas quanto ao tamanho da nova tragédia. O físico José goldemberg, no entanto, tem a certeza de que “o acidente mostrou a “face escuro” da energia nuclear, que parecia ser atraente e o milagre acabou”.
Chernobyl, Fukushima,o ser humano aprende com os erros. Ainda que existam novos tecnologias a disposição da humanidade,mais conhecimento sobre as questões nucleares, o físico José Goldemberg finaliza dizendo que é preciso ter humildade em considerá-la um instrumento ao nosso serviço e não, uma arma de destruição.